Campinas, o "templo" tecnológico brasileiro
Conhecido como "Vale do Silício brasileiro", o tecnopolo da cidade de Campinas - interior do estado de São Paulo - se destaca pelo número de Parques Tecnológicos, Centros de Pesquisas e empresas instaladas na região
Ao falarmos sobre Campinas, cidade a aproximadamente 100 quilômetros de São Paulo, poderíamos comentar sobre uma série de coisas. Sua grandeza, por exemplo, tanto populacional – é a 14ª maior cidade do país – quanto em riqueza (tem o 13º maior PIB do Brasil, ficando a frente de capitais como Recife e Belém). Ou sobre pontos turísticos: a bela Lagoa do Taquaral, no Parque Portugal, e o Shopping Parque Dom Pedro, um dos maiores da América Latina.
Outra marca registrada da cidade é o futebol. Campinas abriga dois dos mais tradicionais clubes brasileiros, os centenários Guarani e Ponte Preta. Sediados na mesma avenida, a rivalidade entre os clubes polariza a cidade e faz do Dérbi Campineiro – 'apelido' dado ao confronto entre os times – um campeonato a parte.
Entre tantas particularidades da cidade, existe uma pouco conhecida do grande público: a importância de Campinas e região para a tecnologia brasileira. Conhecida como “Vale do Silício brasileiro”, a região metropolitana da cidade é rica em universidades, instituições de pesquisa e indústrias de tecnologias, respondendo por aproximadamente 15% de toda a produção cientifica nacional.
No âmbito industrial, a região concentra cerca de um terço da produção do estado de São Paulo, abrigando mais de 10 mil empresas de médio e grande porte. Paulínia, município a poucos quilômetros de Campinas, abriga o maior polo petroquímico do Brasil. Outra grande vantagem estrutural da região é o Aeroporto de Viracopos, o maior aeroporto de cargas da América Latina.
Parques Tecnológicos e Centros de Pesquisas não faltam no tecnopolo da região, que reúne locais como o CPqD (Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações), criado em 1976 como Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da Telebrás, o Instituto de Pesquisas Renato Archer, unidades de pesquisa e laboratórios da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e da Pontifícia Universidade Católica de Campinas (Pucamp), e uma unidade da Embrapa. Recentemente, foi anunciada a criação do CTI-Tec, o terceiro Parque Tecnológico da região – além do CPqD, um segundo está em construção na Unicamp.
Campinas também abriga uma das instituições de pesquisa mais interessante do país, o LNLS – Laboratório Nacional de Luz Síncroton. Projetado em 1983 e funcionando desde 1997, o laboratório produz pesquisas nas áreas de física, biologia estrutural e nanotecnologia. O LNLS possui um acelerador de partículas (um síncrotron), o primeiro desse gênero no hemisfério sul e totalmente projetado e construído no Brasil.
É por essas e outras que Campinas é e continuará sendo o "Vale do Silício brasileiro", sempre apostando em tecnologia e inovação.
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