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03/06/2013
André Araújo, CEO da Vivacity, fala sobre Tecnologia e Educação

Quais são as funções e aplicações do robô NAO para o mercado educacional brasileiro?
Quando o NAO foi criado, seu idealizador imaginou que em um futuro bem próximo todos terão um robô, assim como hoje em dia todo mundo tem um computador. Quando o computador foi criado, nossos avós - por exemplo - não tinham noção do que a máquina fazia e do que era capaz, assim como as indústrias e o comércio não tinham noção do real potencial do produto. Hoje, o NAO está presente em todo o mundo, com mais de 45 mil unidades em várias universidades e centros de pesquisa. O campo de utilização do NAO é enorme: vai de uma simples aplicação, como ensinar matemática a seu filho ou auxiliar idosos em casa, a outras bem mais complexas, como cuidar de crianças com autismo.

O robô pode ser utilizado dentro da sala de aula como ferramenta/instrumento de aprendizagem? 
O NAO é uma plataforma de hardware avançada e interativa e pode ser usado por crianças para o desenvolvimento do raciocínio lógico ou ainda para tornar a aula mais interativa e dinâmica. No entanto, a grande utilização do NAO é em universidades e institutos tecnológicos, já que estes são os celeiros do conhecimento e onde alunos, mestres e doutores estão criando aplicações e dando utilidade para o produto. Quando o computador foi criado, por exemplo, ele estava inicialmente disponível para as universidades desenvolverem novos aplicativos.

Para qual faixa etária ele é indicado?
O NAO tem um campo vasto - assim como um computador também tem. Por conta disso, pode ser usado de crianças a pesquisadores. 

Como o NAO pode interagir com os alunos?
O NAO é uma plataforma de hardware interativo que será cada vez mais tendência no ensino de alunos de diferentes níveis. Um robô humanoide como o NAO é ferramenta de aprendizagem perfeita para isso. Robôs permitem que os alunos conectem a teoria com a prática e descubram uma grande variedade de campos relacionados a robótica, tais como ciência da computação, engenharia e matemática. Os estudantes ganham experiência prática usando o NAO. Nos laboratórios, por exemplo, podem descobrir temas interessantes, como locomoção, áudio e processamento de sinal de vídeo, reconhecimento de voz, e muito mais. O NAO também permite aos professores integrar o trabalho em equipe, gestão de projetos, resolução de problemas e habilidades de comunicação em um ambiente estimulante. O NAO oferece ainda flexibilidade para o desenvolvimento de projetos interdisciplinares.

Quais são os benefícios para o processo educacional a partir dessa interação?
Um dos principais objetivos dos robôs humanoides é interagir com as pessoas. Por isso, as aplicações do NAO são inúmeras Além da facilitação do ensino, através da experiência prática nas salas de aula e nos laboratórios, o robô pode ser utilizado em estudos de comportamento humano, evolução da inteligência artificial, acompanhamento de idosos e até no desenvolvimento de crianças com autismo. Realmente, o céu é o limite.

Existem projetos para a inserção do robô nas escolas públicas brasileiras? E para as particulares?
O mundo está cada vez mais tecnológico e conectado. Isso está no dia a dia das pessoas, seja nas salas de aula, nos supermercados, no trabalho, nos consultórios médicos, etc. Mais do que tendência, isso é processo irreversível ligado ao avanço da tecnologia e à globalização. E a robótica está no meio disso tudo como grande aliada no ensino. Com base nisso, a utilização de robôs como o NAO nas escolas, públicas ou particulares, será uma realidade cada vez mais palpável.

O que acha da Educação 3.0? A escola do futuro realmente chegou?
Acho que a escola do futuro está aí para todos. A Educação 3.0 estimula e facilita a troca de conhecimento através da interação em sala de aula com máquinas e plataformas de hardware interativo como o NAO. E essa educação mais interativa e conectada ganha cada vez mais espaço nas escolas. Aprender dessa forma é muito mais gostoso e produtivo. O aprendizado é vivenciado na prática, com troca contínua de experiências. Acredito que o uso contínuo dessas tecnologias nos processos de ensino e aprendizagem está mudando radicalmente a maneira como concebemos e entendemos a Educação. Hoje, as crianças têm computador, internet, celular, jogos eletrônicos. A tecnologia faz parte do cotidiano e – claro – não pode ficar fora das salas de aula.